terça-feira, 28 de maio de 2013

Distensão : O gesto explicado

Distensão ou molesa

É muito importante não confundir distenso e mol. Nas artes de combate internas, nós devemos adquirir uma certa força (porque não fazemos costura nem ping pong), mas sem tensão muscular. Os praticantes devem passar por uma força “real’ e manifestada antes de poder “digerir” esta força e torná-la suave (tanto que possa sê-lo un golpe). A idéia dum golpe interno, penetrante ou vibrante, é suave para aquele que o dá, não para aquele que o recebe. 

Como definir esta diferença entre “distendido” e “mole”?

Distensão : acção de distender


A distensão muscular trás cinco interesses directos para todo o praticante :

- A disponibilidade do musculo para uma utilisação imediata duma acção voluntária (velocidade),
- Uma utilisação minimal dos musculos antagonistas que travam a acção (potência),
- Uma recuperação optimal dos esforços musculares (recuperação),
- Uma economia de movimento que reduz o consumo de energia (resistência),
- Uma possibilidade de “fazer passar a força” (penetração)

 O estágio de « Xin yi », a « forma de pensamento », é a possibildade de fazer o que se quer fazer e de compreender o que se faz. Nós vamos crear uma ligação entre o nosso corpo e o nosso espírito, o que vai trazer a possibilidade de agir sem ser paralisado pelos nossos pensamentos compulsivos. O invès, quer dizer ter um espírito calmo e disponível, é igualmente necessário... mas não é o sujeito deste texto.

 O músculo contraído deve distender-se antes de estar disponível para uma nova acção. Et distender esse musculo necessita um prazo na acção que abranda a mesma. No entanto, se esperamos uma distensão optima, o musculo está sempre disponível para a acção. Isso permite-nos de obter uma maior capacidade de alongamento e de contracção dos musculos, tendões e ligamentos que perticipam no movimento: adquirimos mais velocidade.

Apesar da distensão muscular, todo o movimento induz uma acção protectora dos musclos antagonistas. Esses musculos protégem as articulações de movimento bruscos que poderiam magoá-los. Numa acção de punho em frente por exemplo, se nós não olhamos senão o braço e o ante-braço, nos apercebemos que o tricepço é abrandado pelo bicepço. Se o bicepço está tenso, muito contraído, ele abranda a acção do soco. Estando distenso, a velocidade e a potência são aumentadas (sabendo-se que para fazê-lo, os tendões devem estar reforçados);

Os treinos repetidos podem fatigar os musculos. Os exercícios específicos “pucham” pelas cadeias musculares. Nos dois casos, se uma tensão existe, ela irá contra o resultado procurado.

 As explosões de movimentos breves, que são desejáveis nas artes do combate, são repetições de esforço “anaéróbia” . Isto quer dizer que o musculo não pode tirar os recursos pela via oxydativa (oxigénio). Por todas essas razões, a descontracção é importante, graças á distensão muscular a continuação do trabalho no esforço faz-se mais fácilmente, com uma produção reduzida de “desperdícios” bioquímicos (evitando as feridas, a tetânia muscular e as curbaturas)

Os musculos antagonistas quase não se contractam, os musculos para a acção estando livres de tensão até á sua utilisação e a recupreção de ciclos em ciclos fazendo-se fácilmente, nós consumimos menos energia. Esta energia interna sera em consquência disponível em caso de urgência. A demais, toda a acção prolongada e “forçada” desenrola-se nas mekhores condições. O nosso corpo/máquina fica en melhor estado mais tempo.

A força penetrante, a força vibratória, e todas as “pequenas gouleseimas” das artes internas pedem uma distensão para “atravessar o corpo”. Nós não exploraremos hoje este assunto complexo. 

É necessário notar que toda a gente, chineses do passado e fisiologistas de hoje, acordam-se para dizer que uma musculatura contraída vai da par com uma certa tensão psiquica e inversamente.  A distensão muscular não provoca únicamente uma disponibilidade do corpo, mas também uma forma de psicoregulação.

Molesa :  ”Que céde fácilmente á pressão” 


Por excelência, nós não devemos ceder à pressão. Numa visão “new age” des artes marciais intrenas, as pessoas têm tendência a transformar-se em moles. Do mesmo elas basculam muitas vezes numa sensação “fantasmática” da energia. Nessa descontração ilusória, o praticante “new age” esquece muitas vezes que um golpe relèva do nivel da realidade, falta-lhe então a força “real et distendida” para se adaptar e evitar um arranque prematuro para o “outro lado”. É-lhe mais sábio de não praticar nada en vez de estar em ilusões perigosas

Trabalho sem tensão Muscular


Todos os exercícios de reforço, todas as técnicas, devem fazer-se sem tensão muscular. Isto dito não é questão para ser mole ou mesmo dócil. Trata-se aqui de artes de combate que pedem que se ponha fora de estado de prejudicar os assaltantes eventuais. Num treino realista e bem concebido, os praticantes vão muitas vezes suficientemente longe na exploração das diferentes dores ligadas aos golpes internos. É um processo doloroso e muitas vezes amargo, mas isso deve fazer-se numa descontracção a mais tital possível. É de admirar e por vezes incrível, ver os estragos que um golpe relachado, mas não mole pode provocar.

Trabalho repetido : Musculatura ” ténua mas não mole”


No trabalho quotidiano sério na sua arte, a musculatura vai desenvolver-se. Isso não será uma musculação similar áquela dos culturistas. Os musculos estão sempre distensos mas tónicos. O volume vai determinar-se conforme o corpo a e a frequência da práctica. Na minha escola guarda-se a massa muscular até aos 45 anos, para a deixar descrecer a pouco e pouco até as seus últimos anos. Se estamos num momento intenso de trabalho dos exercícios, nós vamos ganhar massa muscular comprida e distensa. O contacto desses musculos é muito similar á borracha, tenra mas incompressível. Se nos treinamos todos os dias correctamente, não é possível ser-se “sem musculos” ou “fraco”. 

Os exercícios de reforço: sem tensão


Os exercícios repétem-se longamente sem tensão, nunca. A velocidade de execução aumenta para alguns, por vezes é a lentidão que se trabalha. Os musculos tornam-se expessos de início, depois estabilisam-se. Os musculos não estão secos, o corpo não é o de um desportista. Nós podemos descrever tês tipos de exercícios principais:

- O trabalho da velocidade,
- O trabalho de técnica
- O trabalho da potência

 Para a velocidade, é claro que o trabalho sobre a distensão do corpo e do espírito é prioritário. É habitual de “aldrabar” os execícios de coordinação, no entanto é o segredo de velocidade. A velocidade exige de ir rápidamente de um ponto a um outro. O relachamanto pode compensar o esquerdismo. Nós devemos ter uma ligação intima entre o que queremos fazer e o que nós realizamos.

Esta ligação interna é o sub-producto de um corpo coordenado. Estes exercícios são difíceis e dolorosos, eles contribuem a reforçar o corpo. Nós podemos distinguir vários tipos de velocidade a trabalhar: Velocidade de acção, velocidade de deslocação, velocidade de reacção,velocidade de decisão, velocidade de antecipação e velocidade de perception.

 As técnicas marciais estão ao centro do trabalho a dois. Sozinho o praticante vai preparar o seu corpo mas durante os cursos, ele vai treinar-se ás técnicas com um parceiro.No trabalho a dois, os golpes trocam-se numa aceitação e em limites que dependem do seu empenho e do seu objectivo. Aqueles que trabalham na idéia de estar em melhor saúde podem provar as artes do combate sem ir até ás profunduras desta discipline. Para aqueles que que ecolhem a voz do gerreiro, no respeito do seu corpo, é necessário “testar” o que aprendemos. É sem dúvida o treino mais útil, mas também o mais difícil. Ele inclui todas as facetas da prática, é o momento em que se vai confrontar ao receio e verificar a sua “presença”. Nós podemos distinguir três etapas que vão construir os gestos “justos”: uma preparação geral que se ocupe das qualidades necessárias para adquirir as técnicas (motivação, atenção, laterisação, capacidade de aprendizagem...), uma preparação específica dos gestos num alvo definido (paradas, deslocações, distâncias, impacto...) e uma base de desenvolvimento polivalente onde a prioridade é dada ao alargamento da capacidade de coordenação. Os bloqueios na aprendizagem de técnicas vêm muitas vezes da coordenação da base que é demasiado restrida.                                               

 A potência é desenvolvida de uma maneira prioritária nos estilos de combate. Que ela seja para a defesa ou para o ataque que seja para enrolar ou para quebrar a força adversa, é necessário a potência. Os exercícios de potência são absolutamente necessários para uma confrontation física. Todos os exercícios fazem-se numa distensão muscular total, ou pelo menos da maneira a mais relachada possível.Não há tensão nos exercícios internos da nossa escola, uma tomada de consciência sem contracção. Os tipos de força trabalhados são: 

- A força maxima (possibilidade de unir todo o corpo para uma força global,
- A força explosiva (capacidade de realisar o maior crescimento de força num tempo o mais curto possível),
- A força inicial (capacidade de força explosiva au inicio da contracção muscular),
- A força velocidade (possibilidade neuro-muscular de sobrepôr as resistências com a maior velocidade de reacção possível)

Coordinação : gerir o imprevisível


A capacidade de coordinação é un processo de conhecimento de gesto e do movimento que permite de realisar as acções justas em situações previsíveis (esteriotipos) ou imprevisíveis (adaptação). A coordinação não é habilidade. A habilidade refere-se a actos concretos e parcialmente automatisados que não têm leberdade própria, são gestos esterotipados. Poe exemplo, un Karateka muito bon poderá bloquear com brio os ataques poderosos por parte de un outro kareteka de muito bon nível. Ele conhece os gestos precisos e próprios ao seu estilo e conhece as paradas (habilidade). Esse mesmo bom particante de karaté pode encontrar-se em dificuldade en frente de um bom “murro de vadio”, enviada de qualquer maneira por um tinhoso. Ele está fora do quadro dos gestos que conhece e a sua habilidadedeve adaptar-se ajudado pela sua coordinação para corresponder au desconhecido

A coordinação alimenta-se e desenvolve-se de toda uma série de capacidades

- Dissociação e união do corpo,
- Capacidade de análise,
- Equilíbrio,
- Sentido do espaço,
- Ritmicidade,
- Reatividade,
- Adaptação,

 A dissociação e união do corpo são uma necessidade para atingir a força maximal. Para o chi kung, as artes de combate e a vida quotidiana, é benéfico trabalhar com todo o corpo sobre um esforço. Esse esforço porque ele é repartido sobre o conjunto da estrutura, não sera “difícil”. O desgaste energético é minimo e a distensão maxima. De mesmo, numa acção que só pede uma parte da estrutura é inutil de arrastar uma contracção no conjunto do corpo. Para isso, uma escuta do sistéma interno permite de identificar e de utilisar o que deve ser sem estressar o resto do corpo/espírito. Todo o corpo vai ir numa coerência que simplifica a acção. Por experiência, nós veremos que é mais fácilna aprendizagem de dissociar para unir en vez do contrário.     

A capacidade de análise é uma harmonisação entre as diferentes fases do movimento e os movimentos das diferentes partes do corpo. Esta harmonisação se traduz por uma grande precisão e uma grande economiana execução domovimento. Quanto maior é a distensão e mais nós podemos escutar e ouvir o corpo na óptica de um gesto perfeitamente de acordo com a nossa intenção. 

 O equilíbrio é uma capacidade complexa que compreende vários tipos

- O equilibrio estático (alinhamento),
- O equlibrio dinâmico em translação (linha direita),
- O equilibrio dinâmico em rotação (circulos e curvas).

Não sómente o equilibrio permite de poder realisar os treinos numa distensão profunda mas é também o segredo da perenidade da prática.

Efetivamente mais o equilíbrio está profundamente ancorado en nós e menos nós seremos confrontados a uma deterioração de nosso nível técnico e gestual. O principio de equilibrio é um dos grandes principios do nosso sistéma.

O  “sentido do espaço” permite de determinar e de modificar a sua posição e os seus movimentos no espaço e no tempo. Isso faz-se em função de um campo de acção (dojo, local, ring, metro) e os objectos no campo da acção, (móvel, adversário, testemunha). O sentido do espaço está ligado à visão, e mais particularmente á visão periférica, e á propriocepção (sensação de si no espaçogerido pela knestésia, o tocar). Ela permite de avaliar a distância e a evolução do gesto no tempo e no espaço. O sentido do tempo é o que se chama o “timing”, é um elemento determinante no sucesso da acção.

 O que se entende por ritmicidade é a capacidade á colher um ritmo determinado pelo exterior e de reproduzi-lo ao idêntico ou mudá-lo seguindo um esquema interno. Compreender o ritmo do seu adversário permite perturbá-lo, aliás criar um ritmo permite igualmente de se posicionar para um gesto justo. A distensão é necessária para uma actividade imediata, em resposta com o instante da percepção. Uma tensão produz um tempo que desincronisa a acção. 

 A reacção permite de intervir mais rápidamente possível sobre um dado sinal. Numa pega de escolha consciente, nós devemos ter o tempo o mais curto possível entre a percepção desta vontade e a ação ela mesma. Na acção, nós devemos poder unir mais qualidades possíveis: força, velocidade...

 É possível que um praticante tenha todas as qualidades requeridas mas não a reactividade desenvolvida: ele é por consequente incapaz de agir em resposta aos estimulis externos. Esta qualidade é uma das mais importantes, ela está ligada ao trabalho de coordinação.

A adaptação é a capacidade de transformar a acção motora em curso de execução para a adaptar a uma nova situação ou persegui-la sob uma forma diferente. Essa “mudança” na acção deve-se estar distendido mas firme para poder guardar as qualidades de força e de velocidade do gesto de origem. A adaptação está estreitamente ligada ás capacidades de reacção e de antecipação que influenciam de maneira determinante.

 O trabalho de desenvolvimento da coordinação faz-se sobre três componentes maiores que influenciam e determinam as capacidades das quais acabámos de falar. Nós temos então:

- O contrôle motor (distinguir a sua direita da sua esquerda, o alto e o baixo)
- A capacidade de aprendizagem (pôr a direita na frenta da esquerda, seguindo o exemplo)
- A adaptação motora (invertir, unir ou modificar uma acção conhecida).

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