quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A não confundir

A idéia que vamos desenvolver aqui é a declinar por todos os aspectos das artes taoistas que nós particamos ou seja :
- Medecina Chinesa
- Artes de combate
- Meditação
- Chi Kung

Esta idéia simples da Essência mesmo da nossa escola. Muitos estilos que se disem Taoistas não têm esse conceito, ou então, ele foi esquecido há já muito tempo. É suficientemente simples á enunciar e no entanto isso pode mudar tudo na sua practica quotidiana, é a diferença entre uma disciplina viva e uma disciplina morta. 

 “Não confundir a Essência da prática e os exercícios que desenvolvem as qualidades desta prática”

É muito dificil compreender esta idéia sem passar por exemplos, nós vamos então desenvolver.

Na aprendizagem da medecina chinesa, o estudante vai aprender as teorias, os exemplos e alguns casos clinicos. Ele terá também certamente a sorte de tabalhar com um acuponctor confirmado, o que permitirá de estudar as teorias em aplicação. Ele tornar-se-á num praticante ùnicamente em compreendendo o que aprendeu, ele é capaz de aplicar as teorias próprias a cada caso, se não ele ficará sempre ao nível de principiante (talvez durante a sua vida inteira). Adaptar-se ao caso do paciente tem um ar evidente no entanto, ainda hoje, existem acuponctores que aplicam receitas sem especificações particulares conformes aos pacientes.

O estudante aprende o Alfabeto com as teorias, as palavras com as receitas e algumas frases simples com casos clínicos estudados. Quanto a saber escrever os textos inteiros, ou da poesia, é tudo outra coisa!

A prática da medecina chinesa apoia-se nos exercícios aprendidos, mas ela não é sómente isso. Há então uma diferença entre os dois. O acto de tratar não deve ser únicamente uma aplicação sem análise dos métodos de tratamento, mas uma arte á parte inteira, que se adapta á “pessoa única” que temos na nossa frente: o paciente.

Por experiência, veremos que nenhuma receita funciona a 100 %. De facto as técnicas de tratamento não foram se não uma etapa necessária á aprendizagem, não é um molde rígido que utilisamos para todos os tipos de bolos. Para tratar um paciente, devemos referir-nos a esses conhecimentos para encontrar como tratar tentando não fecharmo-nos em casos de estudados que nem sempre são adaptados. É uma pesquisa de creatividade nos limites da ciência. Não é preciso inventar mas também não é preciso copiar.

Finalmente, a prática é suficientemente distanciada daquilo que aprendemos e modifica-se conforme o contexto no qual nos encontramos ; não trataremos na China como no Ocidente.
Para as artes de combate, é ainda mais evidente; os métodos de treino desenvolvem os atributos necessários ao combate, as formas dão uma idéia sobre a maneira de mover-se e de exprimir a força, as técnicas a dois aplicam os conceitos de combate. Podemos igualmente aprender a utilisar armas vindas de diferentes estilos para reforçar a sua pratica e para dirigir a intenção para além do seu próprio corpo.

Para combater, serviremo-nos de tudo isso, mas de maneira livre mudando conforme a situação.

Se para o combate procuramos seguir uma forma precisa ou uma técnica particular, temos a desfeita garantida.Não podemos intelectualisar senão no treino, durante o combate é de facto outra coisa, encontramo-nos limite a reagir simplesmente.A reacção torna-se então o fruto de todo o treino mas sem ser similar a este mesmo; da mesma maneira que o fruto não tem nada a ver exteriormente com a árvore da qual ele sai. Em cada golpe trocado durante a confrontação física, todos os exercícios efectuados permitirão de ser mais preciso no caos da batalha. Todas as formas e os exercícios de enraizamento vão ajudar a ser mais forte, mas o combate real é qualquer coisa á parte que parece estranho á sua pratica quotidiana.
Podemos ver a relação entre treino e realidade do combate, tentar tornar os dois o mais similares possivel, mas é necessário não confundir. No entanto podemos desenvolver técnicas em relação com as fraquesas do combate.

Num certo número de praticas de combate, existe ainda o fantasma da aplicação de técnicas aprendidas… É muitas vezes perigoso. A espontaneidade do combate, o caos desses momentos sem limite, necessitam um treino que corresponde a esse estado. Uma forma pratice demasiado estrita, sem abertura nem conexão ao seu instinto, que procura a fechar o praticante, não pode ter êxito. Todo o estilo eficaz deve desenvolver a libertação e a criatividade. Quanto mais existe a confusão entre o treino ás artes do combate e au realidade do mesmo, mais o praticante estará longe da realidade.

No que diz respeito ao chi kung é evidentemente a mesma coisa
As visualisações e as imagens utilizadas no início do treino são feitas para criar uma energia com a qual queremos trabalhar. Mas depois de um certo tempo, é necessário procurar diretamente a energia sem passar pela visualisação.Nas práticas da nossa escola, nós não temos nenhuma visualisação. Desde o início, nós ficamos nas experiências Kinestésicas, em movimento. A procura da experiencia da energia faz-se pelos sentidos, não pelo intelecto. Desta maneira, apreciamos a sensação de energia e construimos a nossa própria verdade. As palavras estão ausentes desta relação e o guia, ou professor, não dá outras maneiras de provar sem descrever o arôma. Assim, confiante das suas experiências pessoais, e guiado por aquele que viveu isso antes, o aluno compreende pela ação.

Mas a confusão das práticas de experimentação e do chi kung ele mesmo esta fonte de problemas : o conhecimento da energia e pola em acção espontânea não deve ficar fechado numa prática fixa. Os “chi kung” aprendidos devem ser esquecidos e o natural deve ser a lei. O chi kung é na trocada energia entre o   exterior e o interior do corpo, mas também a maneira de « rafinar »a sua própria energia. As práticas fixadas dão uma estrada simples e directa para « sentir »,mas elas não sõ só isso. Não é necessário tornar-se prisoneiro delas.O chi kung é simples, é necessário deixá-lo como tal, ainda uma vez, é suficiente de trabalharo que está adquirido e reviver o inato. Graça ao chi kung vamos procurar produzir a energia, não é para desperdiçá-la com criações mentais... O chi kung deverá também tornar-se uma prática sem forma, senão ele ficará a um nível fraco.

Através destes exemplos pode-se então compreender que as técnicas devem ser bem escolhidas para não perder tempo e que a sua prática deve tornar-se pessoal para ser eficaz
A meditação torna-se uma prática simple e sem técnica, como o combate. As técnicas de meditação permitem de “condicionar” o espírito de domesticá-lo conhecendo-o melhor. Como un jovém macaco selvagem, o espírito não pode “comandar-se” ou ser controlado. É necessário trazer sugestões e compromissos que vão fusionar a nossa vontade e o nosso shen (espírito). Quando esta liberdade de acção do espírito está presente é preciso parar com as técnicas e sómente meditar. A meditação não é explicável é um modo de tocar tudo o que não se explica,tudo o que se não ensina mas se vive.

As técnicas são as portas para entrar nesta percepção. Seria pena de ficar á porta se podemos lá entrar... Aprendei as técnicas e a seguir aproveitai a experiência, deixai a porta.
Para concluir, eu diria que é necessário reflétir na sua prática para não exercer dezenas de coisas inúteis mas os métodos de treino claros, adaptados ao caso. Fazer escolhas simples para orientar o seu trabalho para estes, sem se dispersar em preocupações ilusórias e sem fundamentos.

E bem entendido, não confundir esses métodos e a prátical ele mesmo.

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