quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A sorte de praticar

Nos tempos antigos, não havia muitos praticantes: a vida sendo muito dificil, não existia verdadeiramente tempo livre. Aqueles que tinham a sorte de cruzar no caminho dum mestre escolhiam as suas vias: ficar no mundo ou seguir o mestre.Não havia a escolha do estilo ou da tradição, da forma ou do fundo: encontrar um mestre era raro, não se podia deixar passar essa sorte.

Havia então poucos praticantes

Hoje nós temos a escolha de praticar todos os estilos que existem, de passar dum mestre ao outro se o desejamos ou ainda fazer uma alègre mistura de tradições respigadas durante o nosso tempo livre.

Mas há sempre poucos praticantes

É o paradoxo da escolha : demasiada escolha mata a escolha, o empenho estando asfixiado pela tentação das distracções. Isso não é grave: toda a gente pode fazer o que quer. Mas para aqueles que estão na prática, par aqueles que estão numa Via, para aqueles que sentiram a alegria do ensino, é preciso não abrir mão!

Não existe muitas coisas mais importantes que de nos conhecer-nos profundamente, de conhecer os outros e o nosso mundo: todo o resto evolue e pode desaparecer, esse saber permite de viver mais e melhor, tornar-mo-nos melhores seres humanos e de moldar um mundo melhor. Para aqueles que estão na Via, atenção : não vos deixais distrair, não perdeis a fé, não desapareceis debaixo das camadas do mundano: vós sois praticantes de hoje e o mundo precisa de vós.

A Via é difícil, ela pede muito, mas olhai o que sabeis a mais do que antes, o que vós sabeis fazer mais do que antes, tomai consciência do que trás o vosso ensino o tempo não pode ser utilisado mais inteligentemente que no estudo do ser humano na vida e na compreenção das mudanças do mundo.

A primavera é um momento difícil onde o praticante pode sentir-se cansado, tendo apenas sobrevivido ao inverno onde a prática é tão dura, mas é um momento tão mágico. O mundo vai nos dar uma energia admiravel que é bon utilisar inteligentemente: PRATICAI!!

No principio do ciclo, nesta estação incrível que é a Primavera, é preciso

 - Saír e praticar fora

- Ir para a natureza e aproveitar o ar

- Encontrar-se entre amigos para falar-mos juntos

É o momento da reflexão e detrocas, de saber puchar pelo corpo para lhe dar força e é um momento  de planificação para o ano: como é que eu vou escolher de orientar a minha vida este ano?

Nós temos a sorte de poder estar numa prática, de estar interessado por uma prática ou de discutir duma prática: não desperdicemos o nosso tempo e vamos para o conhecimento. Clarificai as vossas necessidades e os vossos desejos, arrumai os vossos afazeres e planificai os vossos treinos, é o momento de atuar!

domingo, 8 de setembro de 2013

Respeito do ensino e do docente

Eu admito que não sejamos mais numa época onde o futuro aluno deve ficar meses debaixo da chuva, diante da porta do mestre, afrontando o vento e o frio na esperança de ser recebido... Nunca está bom tempo diante da porta dum mestre...

Mas mesmo assim !

Se o respeito do ensino ainda existe, em palávras, o respeito do docente não sobrevive que em pouca gente.

Há um paradoxo que faz que quanto mais o mestre está avançado nas suas próprias pesquisas, menos ele gostará de as partilhar fácilmente... ele conhece demasiado o preço disso. Esses anos de rafinagem de um saber que ele teve que assimilar e digerir, essas horas e esses meses em que ele teve que pôr tudo em ordem... Os mestres não são ordenados que muito excepcionalmente nas lições que eles dispensam... Aquele que é um perito ou um jovem mestre, que pratica mais do que ensina, não tem vontade de dar o que sobre o qual ele trabalha.

Por respeito do outro, por abertura de espírito, aquele que pratica pode ver como o ensino muda positivamente a sua vida assim como a dos outros e não pode impedir-se de fazê-lo partilhar.

Isto é por respeito do ensino, do ponto de vista do perito ou do mestre: ele deve fazê-lo viver e abrir-se áqueles que querem saber mais.

Segundo a sua tradição ou o seu mestre, ele respeitará as vontades deste no que diz respeito ao que pode ser ensinado e em qual ordem; ele aproveitará a esperiência do docente do seu insrutor, mesmo fazendo as suas próprias experiências.

Isto é o respeito do docente pelo seu próprio mestre

Agora os alunos que praticam em “diletante”, que estão de passagem ou aqueles que se informam... Os mesmos que estão na origem dos segredos e das mistificações dos mestres, eles colheram nada de importante. Não mostrando, nem respeito pelo ensino, nem respeito pelo docente, eles contentar-se-ão do que o mestre quiser ensinar-lhes... e é manhoso um mestre....

Se vós fosteis um mestre… sim, sim experimentamos... que vos visteis  um seja- dito futuro aluno que não tem nenhum respeito e que não quer senão “copiar” alguns “trucs”, o que é que vós  lhe darieis?

Respeito pelas tradições esquece-se, por besteira ou ignorância, o resultado é a desperdição do sabere a médiocridade dos ensinos.

É necessário pegar o tempo de saber se se procura uma prática e, se é o caso é preciso encontrar aquela que nos convém,a seguir é precios consagrar a ela com “devoção”, deixar de lado as suas dúvidas, os seus medos deixar-se ir com confiança.

E se a confiança pede demais ao seu ego, tentemos pelo menos a educação e o respeito...

É nisto que o respeito do docente é uma forma de respeito de si mesmo: nós somos responsáveis das nossas escolhas.

Boa sorte nas vossas escolhas que serão as vossas vias.