quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A forma do fundo

Para compreender o objeto desta discussão é bon lembrar alguns conceitos simplesda métafisica Taoista.

O yang volátil e imaterial, não pode ficar estáve numa manifestação (como o corpo humano) que se o yin, estrutural e material, é proporcionalmente presente: por grosso eu não posso por num balde (yin) senão o volume de líquido (yang) que entra nesse espaço. Um yin fraco ou restrido só permite pouco yang estável : o corpo (yin) deve então ser trabalhado para ter a energia (yang).

O estrutural (yin) não deve ter fugas para que o yang (funcional) esteja no máximo do seu potencial. O físico (yin) tem o espírito (yang): a essencia (yin) é a raiz do espirito (yang).

É dito num texto do 4° século que a forma interna não se trabalha, ela depende únicamente do trabalho da forma externa : a energia é abundante quando a forma é adaptada.

Nós damos uma importância absolutamente equitável entre três facetas da nossa encarnação humana : o físico, o sopro e o espírito (jing,qi e shen) : É uma verdadeira especificidade das artes taoistas e do pensamento chinês.

Para desenvolver a força do espírito : é necessário ter eliminado os limites e os bloqueios da forma física, se não estes serão as razões da estagnação da nossa prática. A capacidade a desenvolver e guardar a energia (o sopro) gerados durante os exercícios depende directamente de estado de força do enraízamento e relaxamento do nosso corpo..... O yin é a raiz do yang.

Para se assegurar disso, aconselham-nos de trabalhar a forma a um tal nível que o fundo está presente: as qualidades da forma física permite-vos as qualidades da função energética.

O que é que isso quer dizer en versão simples ?

A forma do meu corpo deve ser conduzida para a perfeição e esta busca garante-me uma energia abundante. Os movimentos físicos devem ser trabalhados numa busca contínua de força, de enraízamento e de relaxamento para poder acolher a força interna, a força do qi. Os meus movimentos e as minhas formas devem ser belos e devem dar uma impressão de força nos meus gestos!

E porque é bon trabalhar as formas complexas e detalhadas : é mais fácil de corrigir e de conceber os seus defeitos. Quando eu trabalho uma forma de corpo muito despojado ou mesmo de posições estáticas, é difícil de ver o que não está bem: essas formas de trabalho serão ideais quando o nível da prática é já elevado. E em geral, aqueles que têm mais trabalho a fornecer sobre as suas formas de corpo são aqueles que rescolhem uma forma simplificada: eles podem assim ignorar os seus defeitos.

O trabalho das formas de taijiquan ou de Baguazhang são ideais para se corrigir e conceber as suas imperfeições : é só olhar-se para as ver : O trabalho das formas antiguas (daxuan) ou ainda as posições estáticas não o permitem: é mais fácil de não progredir e de ficar numa mediocridade confortável.

 
En compensação depois duma maestria das qualidades físicas, o trabalho das formas complexas é um travão ao trabalho energético. Para evoluir sempre e poder corrigir-se sem esforço, ver os seus defeitos todos os dias, é importante guardar um trabalho das formas complexas: o melhoramento constante da forma do seu corpo contínua e estável.

O yin sublime permitirá um yang que se guarda : os exercícios quotidianos serão fonte duma grande vitalidade que se conservará no corpo trabalhado

Para poder progredir, para corrigir o seu yin é importante ver os seus defeitos e as formas complexas
(taijiquan,baguazhang, boxe da agua…) permitem isso.
É possivel também esconder-se por trás das formas avançadas e assim não ir a lado nenhum.

Na perfeição do externo dominado reside a raiz da vida interior
E tudo

Seria necessário tentar ser feliz pelo menos para dar o exemplo

Prevert tinha razão

A via espiritual tem uma só finalidade : encontrar a verdadeira felicidade na descuberta da nossa natureza e de acordo com o nosso mundo.A felicidade só pode vir do interior, desses vasios cheios por uma contínua e complète introspecção.

Nós devemos estudar cada aspeto da nossa natureza, olhar com precisão os nossos funcionamentos, pousar com firmesa os nossos valores entrando no nosso mundo para o arrastar na nossa evolução

O trabalho do nosso corpo para que ele nos sustente durante a nossa vida, procura reforçar-nos, enraizar-nos no mundo a permitir-nos uma vida simples e fluida

O trabalho do nosso sopro permite-nos de adquerir mais vitalidade para viver bem estar-mos disponíveis para a nossa vida e ás pessoas que a preenchem.

O trabalho energètico dá-nos a possibilidade comunicar com o nosso universo, de realizar uma troca em cada sopro com as forças do nosso mundo

O trabalho emocional dá-nos uma estabilidade que nos torna disponíveis á nossa vida e aos outros, uma estabilidade que nos permite de apaziguar as tensões do nosso quotidiano.

O trabalho do espirito é uma via real da espitualidade,um ensino que nos aprende os funcionamentos do nosso ego e do nosso mental, uma porta possível para “aquele que somos verdadeiramente”.

O conjunto desse trabalho, dessa via, está aí únicamente para tornar-nos « o ser humano ideal que nós podemos ser ». Nos aproximar desse ideal, o trabalho de desenvolvimento e de evolução, trás-nos a verdadeira felicidade, esta alegria profunda que é inerente á nossa verdadeira natureza.

Nos vivemos uma época extraordinária onde pela primeira vez desde o inicio da humanidade, todas as tradições e todos os ensinos espirituais estão à nossa disposição nos devemos-nos de honrar esta sorte pela nossa procura pessoal e os nossos esforços para tornamo-nos seres humanos realizados.

Toda a gente pode ver que hoje nós não podemos mais ignorar a nossa necessidade de espiritualidade, mesmo se este reside numa filosofia de vida ou uma morale civil. A religião é uma opção, nós podemos escolher a maneira de celebrar e dar graças à vida, mas nós devemos realizar que não podemos ignorar a parte espiritual que está en nós.

A felicidade está ao nosso alcance e nada nos impede de a atingir. Mas é-nos necessário realizar alguns esforços.

Esta procura permite-nos um comportamento adequado com as pessoas á nossa volta, com a nossa família e dá-nos a possibilidade de fazer verdadeiras escolhas na nossa vida :esta procura pode ainda ser um caminho de filosofia ou de moral, mas nós devemos tomar esse caminho. Voltaire dizia-nos também “ é educado ser feliz” e é uma realidade para o mundo que nos rodeia: a nossa alegria modela un mundo apaziguado e agradável, enquanto que as queixas e choriminguisses apodressem o nosso universo.

Vamos juntos para um mundo onde a evolução pessoal e individual é o molde da mudança global e profunda, nós somos responsáveis desse mundo e do nele se passa, nós devemos participar todos.

A Via é um plano preciso do que é preciso fazer, na acção e a realidade, depois de ter escolhido o seu nível de participação. Ide para Via, uma tradição filosófica ou uma espiritualidade, procurai e encontrai, não deixeis escapar a vossa vida. Para aqueles que estão já nesse andar, é tempo de fazer mais, de saber tomar opções e de ocupar-se do que se passa ao nosso redor.